Leandro Maciel

Comentários sobre direito, política e administração pública

A defesa do deputado federal José Otávio Germano (PP-RS) vai pedir a anulação de provas em um inquérito criminal contra ele que está no STF (Supremo Tribunal Federal).

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirma que o congressista é suspeito de comandar um esquema que desviou R$ 44 milhões do Detran gaúcho. Germano foi secretário da Justiça e Segurança Pública do Estado até 2006.

Se a denúncia for aceita no STF, o deputado vira réu na corte.

Trechos dos documentos da PGR foram publicados no domingo pelo jornal "Zero Hora".

Neles, Germano é responsabilizado por desvio de verbas por meio de contratação superfaturada de fundações ligadas à Universidade Federal de Santa Maria.

O documento aponta ainda que ele teve expressiva movimentação financeira na época das supostas fraudes.

As suspeitas de irregularidades no Detran provocaram uma das maiores crises políticas do Estado no governo da tucana Yeda Crusius (2007-2010). Ela chegou a ficar ameaçada de impeachment.

O advogado de Germano, José Antônio Paganella Boschi, afirma que, durante a investigação sobre o assunto, não foi pedida autorização ao Supremo, como é exigido quando o caso envolve congressistas. "Pediram para investigar uma investigação que já estava realizada."

Boschi nega envolvimento do deputado e diz que as irregularidades apontadas no Detran ocorreram após 2006, quando Germano já havia deixado de ser secretário de Estado.

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