Leandro Maciel

Comentários sobre direito, política e administração pública

Em uma nota pública, divulgada neste sábado, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal reagiu às críticas ao uso de algemas na operação contra fraudes no Ministério do Turismo, que partiu, entre outras autoridades, do líder do governo no Congresso, Candido Vaccarezza (PT-SP) e disparou: “Qualquer criminoso tem como primeira providência tentar desqualificar o trabalho policial. Quando ele não pode fazê-lo pessoalmente, seus amigos ou padrinhos assumem a tarefa em seu lugar.”

O texto, recheado de críticas à corrupção em “níveis inimagináveis”, revela a intensidade da crise deflagrada entre policiais federais e o governo federal, após a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, terem feito questionamentos públicos sobre a conduta da corporação na Operação Voucher, que deteve na terça-feira, entre outros, o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

“Milhões de reais são desviados diariamente por aproveitadores travestidos de autoridades. E quando esses indivíduos são presos, por ordem judicial, os padrinhos vêm a publico e se dizem ‘estarrecidos com a violência da operação da Polícia Federal”, diz a nota assinada pelo vice-presidente da entidade, delegado Bolivar Steinmetz.

A associação ainda informou que “colocará todo seu empenho” para esclarecer quais seriam os objetivos de “quem tenta desqualificar a atuação da Polícia Federal”. Nesta semana, o ministro da Justiça relatou ter recebido em seu gabinete inúmeros parlamentares que reclamaram sobre o uso de algemas na ação policial. José Eduardo Cardozo disse que iria “solicitar explicações à PF”.

Em nota pública, a superintendência da PF negou qualquer irregularidade. “O uso de algemas na Operação Voucher ocorreu com estrita observância da súmula vinculante (…) que determina sua utilização para segurança do conduzido e da sociedade, ao invés de proibi-la terminantemente. Até o momento, não se constatou qualquer irregularidade no uso das algemas que possa justificar a instauração de Procedimento Disciplinar.”



Nota originalmente postada por Cacau Menezes, sob o título “Notícia do fim de semana”

NOTA DA COLUNA:
Lugar de bandido é na cadeia e os piores são aqueles que, ao se apropriarem do dinheiro público, se apropriam também dos sonhos daqueles que pouco ou nada tem; não são dignos de sequer serem chamados de animais, pois que esses ainda tem uma função de manter o equilíbrio do ecossistema divino, enquanto aqueles não tem serventia alguma. Corruptos são seres desprezíveis, espíritos sem alma que vagam em trevas e que somente almejam o seu próprio bem, o seu próprio conforto.
A nação está moralmente doente e a sensação que vivemos no momento é que estamos sendo conduzida por uma quadrilha de bandidos que tomou o poder a força. Triste impressão, pois que não tomaram o governo de assalto, mas, isso sim, foram lá colocados pelo legítimo voto popular.
Nesse contexto, a polícia federal está dando o exemplo de que “ainda existe uma luz no fim do túnel” e que essa luz não é a de uma locomotiva que vem em nossa direção.
Em nosso Estado, também a polícia civil está de parabéns, já que a operação que apura o esquema de corrupção na Fiscalização do IBAMA na capital teve início na Polícia Federal mas “foi ao ar” mesmo com a nossa polícia civil. Quem assistir as próximas notícias veiculadas pelo DC sobre esses fatos saberá do que estou falando.
Aos amigos da PF e PC, meus cumprimentos pela belíssima demonstração de que sempre valerá a pena ser honesto e acreditar nas instituições, ainda que tenhamos que dar uma forcinha para que as investigações sigam adiante e seja concluídas em prol do erário estatal e da sociedade.










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